O país possui a maior quantidade de atletas no torneio que se inicia no próximo sábado (14), quando o Inter Miami enfrentará o Al-Ahly, do Egito, no Hard Rock Stadium, às 21h (de Brasília).
Confira a tabela da Copa do Mundo de Clubes da FIFA
São 142 jogadores brasileiros e essa presença já poderá ser vista no jogo de abertura, uma vez que o atacante brasileiro Leo Afonso, de 23 anos, é um dos relacionados pelo técnico Javier Mascherano para representar o Inter Miami no torneio continental.

Natural de São Paulo, Afonso se mudou ainda cedo para os Estados Unidos e foi criado na Flórida. Ele fez toda sua base no futebol norte-americano, até profissionalizar-se na equipe de Messi e cia. Na temporada ada, ele foi acionado em 14 jogos e foi às redes duas vezes.
Na sequência do Brasil, a Argentina aparece com a segunda maior quantidade de jogadores na Copa do Mundo de Clubes — são 104, 38 a menos que o Brasil.
Presença na bilheteria
Em um momento onde se fala bastante sobre a dificuldade na venda de ingressos para o torneio, os brasileiros parecem ter comprado a ideia da FIFA.
A entidade divulgou que os torcedores do Brasil adquiriram a segunda maior quantidade de entradas para os jogos do certame, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, anfitriões da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.

Um levantamento da agência de turismo CVC apontou, por exemplo, que a procura de agens para a Filadélfia entre os brasileiros aumentou em 50% nos últimos meses. A cidade da Pensilvânia receberá dois jogos do Flamengo na fase de grupos, incluindo a tão aguardada partida contra o Chelsea, marcada para o dia 20 de junho, no Lincoln Financial Field, às 15h (de Brasília).
Este duelo, inclusive, é o terceiro com a maior quantidade de ingressos vendidos, de acordo com relatório divulgado pela FIFA.
Uma barreira precisa ser quebrada
Apesar do desejo ardente dos brasileiros pela conquista do Mundial, o caminho tornou-se muito mais tortuoso devido à disparidade de investimentos entre o futebol nacional e o europeu.
No formato antigo da Copa do Mundo de Clubes, o Brasil já soma quatro derrotas consecutivas para clubes europeus. O último triunfo verde e amarelo veio em 2012, quando o Corinthians sagrou-se campeão mundial em duelo com o Chelsea, no Japão.
Desde então, o país do futebol tem ado por apuros na competição, amargando inclusive eliminações em fases precoces da disputa para adversários modestos de outros continentes, como o Atlético Mineiro, eliminado pelo Raja Casablanca, do Marrocos, nas semifinais em 2013.
Em 2023, quando a FIFA realizou pela última vez a competição nos moldes antigos, o Fluminense conseguiu atingir a decisão, mas a barreira mostrou-se novamente impiedosa, com o time comandado por Fernando Diniz sofrendo um implacável 4 a 0 do Manchester City, no Catar.

Dá para superar?
Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense terão, portanto, um grande desafio quando a bola rolar nos Estados Unidos a partir deste sábado. Todos os clubes do país encontrarão com rivais europeus em suas respectivas chaves e o que terá mais trabalho, sem dúvidas, é o Botafogo, que encontrará pela frente o PSG, atual campeão da Champions League, e o Atlético de Madrid.
O português Renato Paiva, técnico do time alvinegro, apontou a dificuldade da chave designada para o atual campeão da Libertadores. É, de fato, um Everest para ser escalado.
"Eu, enquanto treinador do Botafogo e futuro adversário, me preocupa. Vamos enfrentar dois clubes que têm o individual mas são equipes de futebol, o PSG e também o Atlético de Madrid. Tenho muito respeito ao coletivo. É uma montanha muito grande para subir, mas alguém subiu o Everest quando se diziam ser impossível", projetou o comandante do Botafogo.

Uma dificuldade que reflete até mesmo nas recentes campanhas da Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Desde 2002, ano do pentacampeonato, a equipe pentacampeã mundial vem caindo no mata-mata da Copa para seleções europeias. Foram duas eliminações seguidas nos últimos Mundiais ainda nas quartas de final — Bélgica (2018) e Croácia (2022).
O país do futebol terá que se provar mais uma vez. E há confiança de que uma nova história poderá ser escrita nos Estados Unidos.
"A gente sabe que enfrentar time europeu é muito complicado. É um pouco diferente do que a gente encontra no Brasil, mas também vai depender muito do campo. A gente viu a estrutura que a gente está podendo treinar aqui, é espetacular, deixa o campo muito mais rápido e dinâmico. Isso nos deixa muito alertas. A gente está trabalhando bem, estudando bem a equipe adversária para poder fazer um grande jogo", opinou Maurício, meia do Palmeiras.

"Estamos representando o Brasil, as outras equipes brasileiras também. A gente tem isso de ser uma das poucas equipes que estão aqui, que fizeram por onde. A gente tem tudo para fazer grandes jogos e pensar em uma classificação, sim", ressaltou o atleta.
Retrospecto dos brasileiros na Copa do Mundo de Clubes contra europeus
Botafogo - 164 jogos: 82 vitórias, 38 empates e 44 derrotas.
Fluminense - 144 jogos: 84 vitórias, 30 empates e 30 derrotas.
Flamengo - 221 jogos: 109 vitórias, 47 empates e 65 derrotas.
Palmeiras - 110 jogos: 60 vitórias, 29 empates e 21 derrotas.
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